segunda-feira, 5 de agosto de 2013

AEE Aprendizagens

AEE Aprendizagens> O conceito de deficiência é um conceito em evolução, ele não é o mesmo, muda de acordo com as mudanças histórico-culturais e econômicas em cada sociedade. Ciente disso e acompanhando as mudanças no campo conceitual o governo brasileiro vem mudando também as políticas, proposições e documentos que legislam e orienta o atendimento as pessoas com deficiência, transtornos globais e altas habilidades/superdotação. O Atendimento Educacional Especializado – AEE - e a implantação das Salas de Recurso Multifuncional – SRM - no âmbito nacional são exemplos de algumas das ações para a garantia da inclusão plena. A formação continuada de professores para atuarem na SRM tem sido também uma área alvo de concentração. Em 2013 a Universidade Federal do Ceará – UFC - em parceria com alguns municípios e estados tem proporcionado uma formação à distancia a professores em atuação nas SRMs. O curso denominado Especialização em Atendimento Educacional Especializado tem proporcionado reflexões sobre temas que ampliam a percepção e o entendimento sobre as deficiências e as barreiras impostas pela sociedade as pessoas com deficiência. Reflexões sobre o papel do professor do AEE na escola e na SRM, importância do Plano de Atendimento Educacional Especializado da SRM para o sucesso escolar dos alunos atendidos e a necessidade de estudo de casos para o desenvolvimento do trabalho do professor do AEE, criação de blogs, enquetes, e elaboração de textos sobre o aprendizado tem sido estratégias utilizadas de modo a promover a autonomia e a auto-reflexão sobre o processo educativo dos professores cursistas. As reflexões fomentam ideias, complementam e modificam conhecimentos anteriormente adquiridos. Está em pleno desenvolvimento, em nós cursistas, a aprendizagem sobre o papel e a atuação do professor do AEE. Entendemos que esse papel está sendo construído paulatinamente à medida que as salas de recurso vão sendo implantadas nas diversas escolas do país fortalecendo a ideia e o direito de inclusão plena. Mas já podemos dizer com segurança que esse profissional tem como dever complementar ou suplementar a formação dos educandos através da disponibilização de recursos de acessibilidade e prestação de serviços que eliminem as barreiras para a sua plena participação na sociedade. Tem o dever ainda de levar o tema da inclusão para os demais espaços e pares educativos; deve ser o elo entre a sala de recurso e as salas regulares; deve propiciar momentos de reflexão sobre as crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação e a relação com o espaço escolar, bem como, zelar pela presença e efetivo cumprimento dos objetivos no PPP da escola em relação à implantação e o funcionamento da sala de recurso. Outro ponto de grande aprendizagem durante o curso de formação foi a compreensão sobre a necessária construção do Plano de Atendimento para o bom funcionamento das salas de recurso. Ele atua como um norte, é nele em que são definidos os objetivos a ser alcançados e onde se pode acompanhar passo a passo a evolução do atendimento, os pontos positivos e os falhos da atuação. Assim como o plano de atendimento, o estudo de caso é um ponto forte para o sucesso do AEE. Cada caso contém especificidades que se olhadas e conhecidas de perto podem ser relevantes na escolha das estratégias e modos de atuação a ponto de garantir o sucesso da aprendizagem e desenvolvimento do educando. Em suma quando a educação inclusiva é tida como prioridade na escola e os pontos de atuação a cima são observados na prática cotidiana todos saem ganhando e o que vemos é a formação de uma espaço escolar mais humano e feliz, onde as pessoas partilham não só conhecimento, mais vida pulsante, que se faz na diversidade de jeitos e modos de ser e estar no mundo.

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